Durante a semana, o blog rbrito homenageou Náutico e Ponte Preta pelos acessos na Série B (Veja o post aqui!), além do América-RN que subiu na Série C do Campeonato Brasileiro (Veja o post aqui!). Nesta quarta-feira, o blog rbrito mantém o tributo ao trio, com direito as médias de público pagante. O torcedor-internauta Marcos Neves, com sempre faz, colaborou com os números de mais esta atualização.
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Finalíssima na D! Torcedor-internauta colaborou no ranking passado!
O Náutico encerrará a sua participação na Série B, no Estádio dos Aflitos, em Recife, contra a Ponte Preta, no próximo sábado, às 17 horas. O jogo da festa pode ajudar o Timbu a ganhar algumas posições no ranking de público. Atualmente, o clube pernambucano tem a terceira melhor média da Série B, com 11.271 pagantes.
Com esta média, o Náutico fica atrás apenas de Sport e Vitória. No geral, o Timbu ostenta a 18ª posição. Posição bem superior a da Ponte Preta, que terminará o ano com média de apenas 5.199 pagantes. A Macaca tem a nona melhor média da Série B e a 36ª no geral.
O melhor público da competição na última rodada, porém, foi do Vitória. O Leão baiano levou 34.742 pagantes ao Barradão. Com média de 11.850, o Vitória está atrás apenas do Sport, responsável pela melhor média da Série B (16.943).
Mecão!
Confesso que esperava um público melhor do América-RN. A torcida do Mecão é fanática, mas decepcionou nesta temporada. Mesmo com o acesso, o América apresenta média modesta de 3.270 pagantes. No jogo do acesso, apenas 5.665 pagantes compareceram ao estádio.
O clube ocupa a 52ª posição no geral e a décima colocação na Série C. O líder é o Paysandu. Derrotado pelo América na última rodada, o Papão ficou sem o acesso. Como consolo sobrou a liderança no ranking da competição, com média de 13.482 pagantes. Joinville (10.105) e CRB (9.046) deram show em campo e nas arquibancadas. A dupla disputará o título da Série C.
Lotado, mas...
Na Série D, o Tupi calou o Estádio do Arruda, em Recife, e ficou com o título. Mas a torcida do Tricolor pernambucano deu outro show. Os torcedores do Santa Cruz foram os responsáveis pelo maior público do final de semana - 49.878 pagantes.
O Santa Cruz, mais uma vez, terminou a temporada com a melhor média do Brasil (36.916). Líder do Brasileirão, o Corinthians levou 35.011 pagantes ao Pacaembu, em São Paulo, e segue na ponta da Série A. Com média de 29.020 pagantes, o Timão tem a segunda melhor média do Brasil.
Balanço!
Com a Série D encerrada e as outras três divisões nas últimas rodadas, a média geral é modesta - 8.018 pagantes. Em 1.021 jogos, o público total ficou em 8.186.503. Enquanto isso, a Série A, com 360 partidas, apresenta média de 14.194 pagantes e total de 5.109.874.
Números bem superiores ao da Série B, que apresenta média de 5.431 pagantes em 369 jogos. O total é de 2.004.110. Já a Série C, em 103 duelos, ficou com média de 4.405 pagantes e total de 453.718. Por fim, a Série D apresenta média de 3.279 pagantes em 189 jogos. O total é de 619.783.
Só pagantes!
Os clubes do Rio de Janeiro, Pernambuco e Alagoas colocam os não pagantes nos borderôs. Mas como o blog rbrito só leva em conta os pagantes, sempre fazemos uma triagem. Enquanto isso, o Ceará tem uma cota chamada de “cortesia”, pasmem, para os militares e autoridades. Estes ingressos, como NÃO foram pagos, ficaram de fora das estatísticas do blog rbrito. O mesmo acontece com o América-MG e sua distribuição de entradas para alguns setores.
Já nos borderôs da Ponte Preta há um item especificado como "VENDA PROIBIDA". São ingressos distribuídos pela diretoria a amigos, autoridades, clientes e "bicões". Estas entradas estão na soma de ingressos vendidos na CBF, mas não no ranking do blog rbrito.
Legenda!
Neste ranking, os clubes da Série A estão representados pela cor amarela, enquanto que a cor cinza sinaliza os clubes da Série B. A Série C está em laranja e a Série D em azul claro. Já os números em vermelho ainda não foram confirmados pela CBF.
Com o estádio interditado, o Oeste jogou sua primeira partida como mandante na cidade de Catanduva. Mas a pedido da Polícia Militar, que não tinha contingente para dar segurança ao jogo, o duelo foi disputado com os portões fechados.
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Público total não é medida. O certo é ver a arrecadação e o valor médio por torcedor.
ResponderExcluirTimes pequenos vivem fazendo promoções ou dando ingressos por isso, às vezes, conseguem bons públicos.
Olá Rodrigo, td bom?
ResponderExcluirEm primeiro lugar, o blog rbrito leva em consideração a MÉDIA de público PAGANTE das Séries A, B, C e D do Brasileirão.
Tudo está bem explicado aqui: http://rbrito1984.blogspot.com/2011/11/na-mesma-vibe.html
Outra coisa, ainda bem que há clubes que abaixam o preço de ingressos. Temos que parar de fazer cara feia para os clubes adversários. Ingressos com preços em conta deveriam ser obrigação.
Você vai ao estádio? Prefere pagar pouco ou muito? Há muito tempo os clubes deixaram de sobreviver apenas da receita dos ingressos.
O torcedor merece pagar pouco. Os clubes deveriam valorizar mais seu patrimônio: A TORCIDA! Sou completamente a favor de times pequenos ou não fazerem promoções.
Abs e opine também pelo www.twitter.com/rbrito1984
Grande Rodolfo, tudo bem sim.
ResponderExcluirVocê está certo; em parte. Realmente, as cotas de TV e outras fontes de renda geram mais receita que os ingressos. Mas hoje há clubes arrecadando quase 20 milhões por ano somente com renda de ingressos, verba nada desprezível...
Na verdade, no fim do dia, é tudo uma questão de procura vs demanda.
O preço do ingresso reflete isso. Não se pode cobrar demasiadamente barato num jogo do Corinthians (do qual sou sócio) já que haveriam milhares de pessoas fora do estádio sem conseguir ingresso.
Essa regra não vale, por exemplo, para jogos do São Paulo, cujo estádio é super-dimensionado para o tamanho da torcida mais "fiel".
Promoções e ingressos baratos são importantes para clubes cuja "procura" seja baixa, até como forma de fomentar crescimento da torcida e ações de marketing.
Mas em clubes com torcidas mais assíduas, como Corínthians, Internacional, Coritiba, os preços têm que ser obrigatoriamente mais altos para filtrar a demanda e evitar problemas de acesso.
Considero o valor-médio associado ao público percentual (contra a capacidade do estádio) a melhor forma de medir o fator procura versus demanda e um excelente indicativo de assiduidade real do torcedor.
Se todos os clubes tiverem bom planejamento e conseguirem engajar realmente os torcedores veremos estes indicadores melhorando campeonato depois de campeonato.
De qualquer maneira, essa é apenas a maneira como eu vejo.
Existe espaço para diversas interpretações e idéias quando se fala deste tópico. O bom é poder discutir em bom nível!
Abraços,
Rodrigo Carvalho
Com certeza, Rodrigo! Por isso faço questão de responder todos os comentários. É bom trocar ideias com vocês.
ResponderExcluirSobre as promoções, os clubes têm investido nas campanhas de sócios torcedores. O Inter chegou a vender todos os seus ingressos para seus sócios em uma final de Libertadores. Isso pode ser considerado promoção.
O Corinthians fará seu último jogo contra o Palmeiras cobrando apenas R$ 18 para os associados do Fiel Torcedor. E estamos falando de uma "final" e de um clássico.
Já o Santa Cruz e os clubes pernambucanos apostam na Nota Fiscal. Isso vai de cada um. Aprovo todas as iniciativas.
Abs
Caro Rodolfo,
ResponderExcluirFaço algumas ressalvas ao comentário anterior, particularizando o caso do Santa Cruz.
No caso do Estado de Pernambuco, o programa Todos com a Nota (TCN) atinge um percentual limitado do público total que vai aos estádios em relação aqueles que trocam ingressos por Nota Fiscal.
Esse torcedor do TCN também está pagando, quando compra produtos e troca por ingressos, pois o clube recebe R$ 6,00 por cada torcedor, no caso do Santa Cruz (série D) e R$ 8,00, nos casos do Sport, Náutico e Salgueiro (série B) e o Estado ganha com o aumento da arrecadação de impostos (ICMS).
No Estado de São Paulo existe o programa da Nota Fiscal Paulista, que não tem relação com o futebol, mas troca Nota Fiscal por devolução de uma parte pequena do imposto pago em forma de crédito em conta corrente.
No jogo Santa Cruz X Treze/PB, cujo público pagante atingiu a marca de 52.833 torcedores e o público total foi de 59.996, o espaço reservado para atender aos torcedores que se habilitam através do programa TCN foi de 12.000 torcedores, ou seja, cerca de 20% do público total.
O sócio tricolor pagou R$ 60,00 pela cadeira de aluguel(que foi o meu caso) e R$ 20,00 para ter acesso às arquibancadas sociais do estádio. Os demais torcedores pagaram R$ 70,00 para ter acesso às cadeiras de aluguel (não sócio), R$ 40,00 pela arquibancada inferior e R$ 20,00 pela arquibancada superior e para estudante. Qualquer dúvida quanto a esses valores informados é só consultar os jornais locais da semana que antecedeu o jogo (16/10/2011).
No caso das cadeiras de aluguel, apesar dos valores cobrados serem de R$ 70,00 (não sócio) e R$ 60,00 (sócio), no borderô da CBF aparece apenas R$ 20,00, porque a diferença fica para a Comissão Patrimonial do Clube (responsável pela manutenção do estádio), que funciona como uma espécie de caixa paralelo e não registra esta diferença paga pelo torcedor como parte integrante da renda.
Apesar dessa sútil maquiagem nos números da arrecadação e no fato de que historicamente há uma grande sonegação de público e renda nos jogos em Pernambuco em virtude da existência de acordo judicial para destinar 20% da arrecadação bruta para a justiça trabalhista, a renda total atingiu aproximadamente R$ 1.010.860,00, sendo que deste valor R$ 938.860,00 foi relativo a arrecadação normal e R$ 72.000,00 o montante repassado pelo programa TCN.
A estimativa da imprensa local é que no jogo Santa Cruz X Treze/PB o público total foi superior a 75.000 torcedores.
Observe que o valor que foi cobrado sócio do Santa Cruz (R$ 20,00) foi superior ao cobrado para os sócios do Corinthians numa final (R$ 18,00).
Gostaria de lembrar que o poder aquisitivo do povo nordestino é bem inferior ao do paulistano e que só a população da cidade de São Paulo é superior a toda população do Estado de Pernambuco e muito superior à população da cidade do Recife.
Se levarmos em consideração, ainda, que os times que o Santa Cruz enfrentou na série D, não tem nenhum apelo de público e não possuem grandes torcidas, diferentemente dos clubes que participam da série A do campeonato brasileiro, esta perfomance de público alcançada pelo Santa Cruz Futebol Clube é uma verdadeira façanha, reconhecida até pela imprensa internacional.
Esse breve relato é apenas para demonstrar a falta de argumentos de alguns torcedores que tentam diminuir o valor desses números e se apegam a teses do tipo existência de promoções, ingressos baratos, troca de ingresso por quilo de farinha e outras asneiras que não se sustentam diante de uma discussão mais séria.
Saudações Corais.
Murilo Lins
Olá Murilo, td bom? Muito obrigado pelas informações. Não tinha conhecimento de tantos detalhes e vou guardar estas explicações caso eu volte a precisar futuramente.
ResponderExcluirMas sou completamente a favor de promoções. Não concordo com os torcedores que desprezam as iniciativas de alguns clubes, como você enfatizou muito bem no final do comentário.
Isso é uma bobeira. Todos deveriam apoiar boas iniciativas. Estádio vazio é uma tristeza. O futebol não é apenas para a elite. Todos devem ir ao estádio.
Quero só ver estes torcedores que tiram sarro e fazem pouco caso dos ingressos baratos quando chegar a Copa do Mundo 2014. Dai o Ricardo Teixeira é isso e aquilo...
É preciso incentivar promoções e ações por parte dos clubes.
Abs
Um fator importante é a ocupação do estádio, também. Na Inglaterra, se um clube faz seus 19 jogos em casa com 90% do estádio cheio, é pouco. Por isso alguns tentam expandir suas casas. No Brasil são poucos os clubes que possuem uma média maior que uns 60% do estádio. É claro que outros fatores entram nessa conta, como preço do ingresso médio (explorado pelo jornalista Rica Perrone na Série A), a já supracitada ocupação média em porcentagem e etc... mas o foco do blog é simples, apenas medir de maneira geral nada mais do que a média de público, portanto não se sustentem em polêmicas relativistas. O foco do blog são as médias, e também deve-se dizer que se fosse usada uma busca mais profunda, levando em consideração os fatores supracitados por outros comentaristas também, haveria um sem-número de clubes sem dados, visto que se é fácil de obter tais medidas na Série A, alguns clubes das Séries C e D ficariam com uma obscura medida.
ResponderExcluirSe até mesmo levando em consideração apenas a média de público, existem dados polêmicos, como o público de Itumbiara e Mirassol (sempre quase sempre os mesmos, dando a entender que os ingressos são dados na mesma quantidade toda rodada), imagina se fôssemos levar mais à sério padrões como ocupação de estádio, preço do ingresso... muitos times não possuem números acurados sobre isso. No máximo, dá para fazer tal levantamento na Série A e B. Porém com a correta atitude de considerar todos os clubes em atividade em competições nacionais, a média de público já basta como excelente parâmetro, sobrando apenas uma ou outra filigrana, que não diminui os feitos de torcidas como Corinthians e Santa Cruz e nem deixa de mascarar desempenhos pífios de clubes como Santos, São Caetano, Santo André, Duque de Caxias e Cerâmica, para dar exemplos de alguns dos piores em cada série.
Muito boa a análise, Yuri. Este ano ainda acompanhei os públicos dos Estaduais. Você precisa ver como é varzeano os sites de muitas Federações.
ResponderExcluirAlgumas não têm sites e outras não disponibilizam os borderôs. A própria CBF demora dias para atualizar seu site e sempre com erros.
São outros fatores para não entrarmos a fundo nesta análise. É muito fácil ver os clubes da Série A, mas outros tantos chegam próximo do impossível.
Enquanto o futebol brasileiro for tratado de forma amadora pelos dirigentes, não teremos uma visão correta e próxima da realidade. É uma pena! Todos perdem neste amadorismo.
Abs