quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

PE em foco!

O site da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) ainda está em reformas, mas nem por isso a assessoria da entidade deixou de ser solicita com o blog rbrito. Recebemos o regulamento do Estadual 2012 - o mais completo até aqui -, além de informações sobre os borderôs. Mas assim como todos os outros regulamentos, o Pernambucano tem seus acertos e erros. Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba e Paraná foram os outros Estados em destaque no blog rbrito.

Mais no blog rbrito:
PR em foco! Item estranho em relação aos ingressos do Estadual!

Na atual temporada, 12 clubes disputam o título. São eles: América, Araripina, Belo Jardim, Central, Náutico, Petrolina, Porto, Salgueiro, Santa Cruz - atual campeão -, Serra Talhada, Sport e Ypiranga. Belo Jardim e Serra Talhada ocuparam as vagas dos rebaixados Cabense e Vitória.

Regulamento:
Os 12 clubes jogarão entre si em turno e returno. Os quatro primeiros colocados passarão de fase e os dois últimos colocados serão rebaixados. Os quatro melhores, no sistema de mata-mata, disputarão duas vagas para a final e depois buscarão o título estadual.

Em caso de empate na pontuação do mata-mata, será levado em conta o saldo de gols. Se a igualdade persistir, será considerado a campanha na primeira fase. Campeão e vice terão vagas na Copa do Brasil. As duas vagas para a Série D serão dos melhores colocados, com exceção dos clubes que já estejam nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro.

Critérios de desempate:

I- Maior número de vitórias;
II- Maior saldo de gols;
III- Maior número de gols marcados;
IV- Menor número de cartões vermelhos recebidos;
V- Menor número de cartões amarelos recebidos.
VI- Melhor resultado obtido no confronto direto entre as associações empatadas;
VII- Sorteio público na sede da FPF.

Ingressos:
Os acertos (e são muitos) da FPF começam com os ingressos. Enfim, uma Federação não estipula o valor mínimo cobrado pelos clubes que "têm a prerrogativa de estabelecer livremente os preços dos ingressos nas partidas em que for mandante".

A Federação Pernambucana de Futebol vai além e mostra que está ao lado do torcedor ao deixar brecha para "intervir no preço de venda dos ingressos se constatado manifesto abuso ao direito do torcedor". E não pense que os visitantes foram esquecidos pela entidade. "O preço do ingresso para a torcida visitante não poderá ser superior ao cobrado para o torcedor da associação mandante, observada a equivalência dos setores do estádio onde os mesmos serão disponibilizados".

Bola:
O Campeonato Pernambucano é disputado com a bola da marca Penalty. Os clubes mandantes serão responsáveis por manter "sete (07) bolas, sendo uma (01) atrás de cada meta, duas (02) em cada lateral do campo e uma (01) em jogo".

TV:
Se no regulamento, a FPF não determina qual emissora transmitirá o Estadual, a entidade deixa bem claro no Art. 62 - as normas para se transmitir uma partida ao vivo.

"§ 3º. A exibição de jogo do Campeonato Pernambucano de Futebol Profissional da Série A1 - 2012 no mesmo dia de sua realização, só será autorizada se for efetivada: 
I-  Após as 21h00, se o jogo tiver início até as 17h00; 
II-  Após as 09h00 do dia seguinte, se o jogo for realizado à noite".

Para que não aconteça o mesmo que ocorreu com o Clube dos 13, a entidade pernambucana se preveni no § 6º. "Não é, nem será permitido a nenhuma associação disputante assinar contrato com vista ao televisionamento direto, com pessoa física ou jurídica de seus jogos. Caso a associação insista em fazer contrato paralelo, será punida com a perda do mando de campo".

Curiosidades:
Os acertos da FPF seguem no item curiosidades. Ao contrário da Federação Paulista, Goiana entre tantas outras, a FPF proibi que qualquer clube mude de "sua sede para outro município". A boa notícia da vez e que deveria ser exemplo para outras entidades é o fato de que "nenhuma associação será mandante ou visitante por mais de dois (02) jogos consecutivos". O blog rbrito tem visto clubes jogarem três seguidas em casa ou vice e versa. Os maus exemplos são muitos pelo país.

Respeitando a saúde dos atletas, a FPF faz questão de exigir em seu regulamento o "parecer médico, mais o exame de eco-cardiograma manifestando, expressamente que, à vista dos exames necessários, o atleta está capacitado para participar de competição de alto rendimento físico".

E para evitar qualquer surpresa de jogador "gato" - aquele que adultera a idade -, a entidade do futebol de Pernambuco solicita no "processo de registro de profissionalização de atleta, também será exigida a Certidão de Nascimento, apresentada em original com uma cópia".

Já o Art. 63, a FPF expõe algumas "Infrações e penalidades". O blog rbrito separou cinco. Se a arbitragem for agredida por algum funcionário de clube, os dirigentes terão que desembolsar R$ 20 mil de multa. O valor cai pela metade se o clube mandante impedir a equipe visitante de utilizar o campo de jogo para o aquecimento físico.

Para os técnicos misteriosos, caso a escalação não seja afixada no vestiário, o clube pagará multa de mil reais. A pena de R$ 2 mil é para os clubes que não divulgarem a renda e o público. Se dependesse do blog rbrito esta pena seria muito maior.

Agora, se o clube deixar de "pagar, no dia do jogo, quaisquer taxas, encargos, ajuda de custo ou despesas constantes do Boletim Financeiro, quando da realização de uma partida em seu estádio, próprio ou cedido", a pena será a perda do próximo mando de campo. Por fim, "quando praticadas mais de uma infração em uma só partida, as penas serão somadas".

Bom... se até agora, a FPF merece aplausos, a partir deste parágrafo vamos abordar o "faz de conta" e os tropeços da entidade. Começamos com o Art. 36 em que o árbitro poderá não iniciar, interromper, suspender ou encerrar antecipadamente uma partida, caso tenha a "presença de sinais luminosos tipo laser direcionados para o campo de jogo".

Já vimos este laser em campos da Copa América e da Libertadores, mas nada foi feito. É preciso muita boa vontade para acreditar neste artigo. Enquanto isso, perceberemos que os dirigentes pernambucanos não são tão moderninhos quanto aparentam ser.

Muitas Federações exigem que os jogadores utilizem camisas com numeração fixa de 1 a 18. A FPF libera o "uso de numerações das camisas de 1 a 100". Mas logo em seguida, os dirigentes dão um passo atrás, principalmente em relação aos jogadores de luvas e decretam que "os goleiros sempre estarão identificados com os números 1 e 12". Não entendi esta falta de vontade com os arqueiros. Os caras são diferentes e ainda não podem entrar na moda?

Outra exigência da Federação Pernambucana, que não é sua exclusividade, diga-se de passagem, está no Art. 69. "Hino de Pernambuco - Antes de ser iniciada qualquer partida da Competição, deverá ser executado o Hino  de Pernambuco, com transmissão por serviço de som audível para todo o estádio". Já ficou provado que nenhum Hino é respeitado em campo. Jogadores, dirigentes, técnicos, jornalistas não sabem cantar o Hino Nacional, imagina só do Estado?

O grande erro do regulamento pernambucano que, mais uma vez, não é exclusividade da entidade, é em relação ao W.O. Diferentemente do que manda a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) - vitória, por 3 a 0 -, a FPF garante triunfo de apenas 1 a 0.

Site: http://www.fpf-pe.com.br/

Nos próximos dias, o blog rbrito seguirá sua saga pelos regulamentos dos Estaduais. Até agora, não foi possível encontrar os sites da Federação de Futebol do Estado do Acre, da Federação Amapaense de Futebol, da Federação Brasiliense de Futebol e da Federação Matogrossense de Futebol. Se alguém souber algo a respeito, basta nos avisar pelo blog rbrito ou através do twitter (@rbrito1984).

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