quinta-feira, 14 de junho de 2012

Sócio-torcedor é a saída!


Na semana passada, o blog rbrito estreou uma nova forma de analisar o ranking de público das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, sempre com a colaboração de Marcos Neves, vamos dar sequência a esta iniciativa e focar em dois clubes - um de casa divisão. Assim poderemos mostrar outros números, como valores de ingressos, renda, "bicões", despesas e afins.

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Como o blog rbrito explicou semana passada, caso algum clube se mantivesse na liderança, daríamos destaque ao segundo colocado e assim por diante. Pois bem... Sport (22.898) e Ceará (10.172) seguem com as melhores médias de público das Séries A e B, respectivamente. Por conta disso, Corinthians e Joinville terão a devida atenção no post desta quinta. Curioso é que estes dois clubes sabem aproveitar o programa de sócio-torcedor.

O Corinthians atuou duas vezes no Estádio do Pacaembu. Na estreia, contra o Fluminense, 14.791 pagantes apoiaram o Alvinegro de Parque São Jorge. Mas a análise do blog rbrito será em cima do duelo contra o Figueirense, que teve público de 21.912 pagantes. Neste jogo, a diretoria do Timão fez promoção de ingressos. E deu resultado!

Na vice-liderança do ranking de público, o Corinthians ostenta média de 18.352 pagantes. No duelo contra o Figueira foram colocados à venda 22.310 ingressos. O clube paulista vende a maior carga pelo programa do Fiel Torcedor. Há inúmeras vantagens e descontos. Apenas o que sobra dos ingressos é colocado à venda para os outros torcedores.

O torcedor da arquibancada paga apenas R$ 30 pela entrada. Mas também há ingressos de R$ 70, R$ 100 e R$ 180, além de meia-entrada em todos os setores. Com a promoção, o Corinthians teve uma modesta renda com a venda de ingressos de R$ 397.022,00, mas só levou R$ 155.250,11.

A maior despesa do clube do presidente Mário Gobbi foi com o aluguel do Pacaembu. Enquanto sua Arena não fica pronta, o Timão desembolsou R$ 59.553,30. Na lista dos custos há ainda ambulância (R$ 2.550), seguro torcedor (R$ 1.095,60) e seguro da arbitragem (R$ 135,66), entre outros.

Tricolor catarinense!
Na Série B, o Joinville - dono da segunda melhor média de público pagante (9.465) - ganha os holofotes do blog rbrito. O JEC realizou três partidas em casa, com públicos de 12.250, 9.089 e 7.057. O blog rbrito vai analisar o duelo contra o ASA.

Antes algo a se lamentar. Os borderôs da Federação Catarinense de Futebol (FCF) são terríveis, feitos a mão. O blog rbrito já tinha encontrado o mesmo problema durante o Campeonato Estadual. Alô dirigentes da FCF, está na hora de atualizar estes documentos.

Deixando este probleminha de lado, um aspecto chamou a atenção do blog rbrito. No embate contra o ASA, o Joinville colocou 6 mil ingressos à venda e o público pagante foi de 7.057. Calma! Não estamos loucos e nem os dirigentes do JEC faltaram a aula de matemática.

O número de pagantes supera os ingressos à venda por causa das entradas para os sócios. Nesta partida, 6.307 sócios estiveram no jogo do seu clube do coração. No duelo diante do Guarani, o número de sócios foi de 7.184, contra 7.884 na partida diante do Atlético-PR.

O torcedor-internauta do JEC, Gabriel Moraes (@urso_gabriel), ainda nos deu outras informações sobre o sócio-torcedor do Joinville. O sócio do clube não paga nada para entrar no estádio. O plano para a arquibancada descoberta é de R$ 42 por mês e o torcedor pode assistir quantos jogos quiser em casa. O ingresso para este setor, sem o plano, é de R$ 40.

O público do Joinville é muito bom, mas o torcedor, não sócio, está pagando caro a entrada. A cadeira nível 2 custa inacreditáveis R$ 70 (R$ 35 meia-entrada). A cadeira nível 1 está R$ 60 (R$ 30 meia-entrada). Até mesmo a arquibancada descoberta é salgada: R$ 40 (R$ 20 meia-entrada). Os menores desembolsam R$ 5.

No confronto contra o ASA, a renda com a venda de ingressos foi de R$ 86.060,00. Mas apenas R$ 49.704,75 entraram nos cofres tricolores. O Joinville gastou R$ 4 mil com a arbitragem, além de desembolsar R$ 113,05 para o seguro dos árbitros e R$ 352,85 com o seguro do público pagante.

Em 89 jogos, ainda sem contar os três da Série B na terça-feira, as duas divisões nacionais têm média modesta de 6.347 pagantes e total de público de 564.896. A média da Série A, em 40 jogos, é de 9.553 pagantes. O público total está na casa de 382.128, contra 182.768 da Série B. A Segundona tem média de 3.730 pagantes em 49 partidas.

Entenda:
Os clubes da Série A do Brasileirão são representados pela cor amarela. O cinza destaca os clubes da Série B. Já os números em vermelho precisam da confirmação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O blog rbrito acompanhará TODOS os públicos das Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro 2012. Fique sabendo da evolução das médias de público. E você, jornalista, lembre de dar crédito, caso utilize qualquer dado dos levantamentos de público do blog rbrito.

* Atualizado às 12h55

Só o blog rbrito acompanha as médias de público do Brasil. Ajude a divulgar o blog rbrito! Opine! Participe aqui ou através do www.twitter.com/rbrito1984


5 comentários:

  1. Complementando a informação do Gabriel, uma continha, para dar ideia da vantagem de se associar. De maio a dezembro o sócio da arquibancada descoberta vai pagar R$ 336 (8 x R$ 42). Verá os 19 jogos do tricolor na série B, o que dá uma média de R$ 17,68. O desembolso seria de R$ 760 pagando ingresso em todo jogo. Uma boa economia, além de estar gerando uma receita permanente para o clube. O JEC tem hoje em torno de 8200 sócios em dia com suas mensalidades. O potencial é para bem mais que isso.

    Outro dado interessante sobre a presença de público é a comparação com os outros clubes de SC. Em 2011, na série C, fez média praticamente igual à do Figueirense na série A e muito superior às médias de Avaí (série A), Criciúma (B)e Chapecoense (C). Isso vem se repetindo em 2012.

    Sobre os públicos dos 3 jogos até agora, houve uma redução no jogo contra o ASA em função do mau tempo. Não chovia na hora do jogo, mas Joinville é uma cidade onde chove muito e pancadas intermintentes são muito comuns. Assim sendo, muita gente não vai ao estádio com o tempo ruim porque "pode chover". A cobertura da ala leste das arquibancadas está sendo pedida há muito tempo. O Estádio pertence ao município e sabemos das implicações políticas disso. Com algumas adaptações já pensando na capacidade total projetada da Arena (30 mil), o número de lugares cobertos pode passar para uns 12 mil, garantindo públicos maiores com menor dependência das condições climáticas. Fosse assim, o público contra o ASA (depois de duas boas vitórias, contra o Guarani e o Avaí), teria sido próximo de 10 mil pagantes, levando a média para 10.400, à frente do Ceará.

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    1. Olá Mário, td bom? O programa sócio-torcedor é a solução para todo o futebol brasileiro. Os clubes, aos poucos, estão se dando conta disso. O Corinthians anunciou que vendeu todos os seus ingressos para o jogo de volta da Libertadores pelo Fiel Torcedor. Apenas Internacional e Santos já conseguiram tal feito.

      Agora, cabe aos torcedores entenderem estas vantagens. A sua conta é perfeita. O torcedor vai economizar na compra de ingressos e ainda tem vantagens, de evitar fila e dor de cabeça. Sou totalmente favorável aos programas de sócio-torcedor.

      Espero que cresça ainda mais no Joinville, assim como em todo o país. Os dirigentes estão evoluindo neste aspecto, resta esperar o mesmo dos torcedores.

      Abs

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    2. Tudo tranquilo, Brito.

      Inter, Grêmio e, mais recentemente, o Coxa têm progamas de sócio-torcedor que garante renda ao clube dando direitos restritos, já que não há lugar para tantos torcedores em seus estádios. Interessante investigar como estes (e outros, que também devem ter o mesmo "problema" (mais sócios do que lugares) fazem para que todos os que ajudam a manter o clube se sintam satisfeitos.

      O Joinville ainda está longe disso, mas parece que algumas ações já estão em curso. Ouvi uma entrevista do Osni Fontan - o primeiro grande craque do tricolor e seu atual gerente administrativo - ao @gabrielfronzi em que ele manifestou que o número de sócios deve chegar a 10 mil em um período não muito longo. Fico na torcida! Garantia de receita superior a R$ 400 mil/mês, fundamental para o clube. Atualmente sua maior fonte.

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    3. Mário, nestes casos em que os sócios superam os lugares, os clubes costumam dar privilégios aos mais assíduos. O programa do sócio-torcedor de alguns clubes, há uma anuidade e os torcedores ainda pagam o valor do ingresso, com desconto.

      Assim, aquele que costumar ir com frequência ao estádio tem o direito de comprar primeiro a entrada para tal jogo. Por exemplo, tal torcedor tem até um dia para comprar o ingresso. Depois deste dia, abre-se a venda para o restante dos sócios.

      Sou favorável a isso pelo fato de beneficiar os mais fieis. Aquele torcedor que sempre vai ao estádio, que paga o programa de sócio-torcedor e o ingresso, deve ter certas vantagens. Isso obriga os outros torcedores a aderirem ao programa.

      Torço não só pelo Joinville chegar aos 10 mil sócios, mas a todos os outros clubes implantarem e terem sucesso com o sócio-torcedor. E também espero que os torcedores, enfim, percebam as vantagens de ser um sócio.

      Abs

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  2. olá!Mario
    Sempre prestigio os jogos do joinville aqui na arena e estive no jogo da final da serie c em 2011 quando 20.000 pessoas compareceram a arena. Com base neste dado tenho certeza que o público oficial na série b deste ano não é este apresentado pelo joinville. abç

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