Mau Humor FC 139!

Ídolo manda mais do que técnico? E qual o tamanho da fragilidade daqueles que comandam a arbitragem brasileira? A primeira pergunta agitou a semana, enquanto a segunda está presente a cada temporada do futebol brasileiro. Sem mais delongas, sejam bem-vindos a seção Mau Humor FC, do blog rbrito, neste domingo.

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O goleiro-artilheiro Rogério Ceni passou dos limites ao sugerir uma substituição, com direito a nome, ao técnico Ney Franco. Ele queria ajudar? Sim! Mas é preciso ter bom senso. Esta não é a primeira e nem será a última vez. O camisa 01 adora dar pitacos no trabalho dos comandantes tricolores.

Encontra no São Paulo respaldo da diretoria, torcedores e jogadores. Os técnicos dificilmente podem fazer algo. Desta vez, Ney Franco não aceitou e marcou território. Ponto para o treinador que poderia perder o comando de todo o grupo se admitisse tal interferência.

Vejo a atitude de Ceni como um erro. Um erro grave. Mas nada de irmos adiante. Nada de prever crise. Nada de achar que o grupo está rachado e este tipo de coisa. Nada de fazer temporal em copo d'água, com o perdão do lugar comum. Ele é ídolo, mas precisa respeitar a hierarquia.

Sem descanso!
Mais do que a fraca arbitragem brasileira, a comissão que comanda a categoria está sucateada. Como se não bastasse a falta de regulamentação da profissão, a falta de treinos específicos, a má qualidade... agora, temos a falta de descanso.

Para quem não soube, neste meio de semana, o árbitro goiano André Luiz de Freitas Castro arbitrou a derrota do Figueirense, por 2 a 0, para o Botafogo na quarta-feira, às 22 horas, pela 32ª rodada, em Florianópolis, e na quinta-feira já estava em campo novamente durante o triunfo do Fluminense, por 2 a 1, sobre o Coritiba, às 21 horas, pela 33ª rodada, no Rio de Janeiro.

Dois jogos de extrema importância no Brasileirão e em menos de 24 horas. Surreal! E os dirigentes da arbitragem acharam tudo normal. Elogiaram o vigor físico do árbitro. Pô... Não é apenas correr em campo a arte de arbitrar.

Os árbitros precisam estar mentalmente descansados. No primeiro jogo, André Luiz de Freitas Castro enfrentou um clube à beira do rebaixamento e outro com pretensões de chegar à Libertadores. No segundo, "só" estava em campo o principal postulante ao título da Série A 2012.

Não dá para admitir! Se jogador não pode entrar em campo com menos de 72 horas, árbitro deveria ter a mesma regra. Se bem que a CBF autorizou Neymar a fazer bate-e-volta com Seleção Brasileira e Santos. Quer saber, o futebol é o antigo MMA. Ou seja, VALE TUDO!

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