terça-feira, 17 de abril de 2012

No mata-mata vai subir?!

A primeira fase do Campeonato Paulista é uma grande farsa e mesmo assim vimos o rebaixamento da Portuguesa e o Palmeiras fora do G4. O público da última rodada foi, novamente, decepcionante, como mostrará o blog rbrito, nesta terça-feira, com a colaboração de Marcos Neves.

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Ranking de público do Paulistão com foco nos classificados da A3!

Saiba qual clube teve mais pênaltis a favor no Paulistão!

Antes das médias, os confrontos das quartas-de-final ficaram assim: Corinthians x Ponte Preta, São Paulo x Bragantino, Santos x Mogi Mirim e Guarani x Palmeiras. Os quatro primeiros colocados só têm a vantagem de jogar a partida única em casa. Em caso de empate, a decisão será nos pênaltis.

Sem a enganação da primeira fase, a esperança é que os estádios fiquem lotados durante o mata-mata da Série A1. Para se ter uma ideia, o maior público do final de semana foi do Santos e de apenas 11.650 pagantes. O Peixe tem a quarta melhor média do Paulistão (9.241).

O Palmeiras foi outro que jogou em casa e com estádio vazio. Só 5.363 pagantes acompanharam o empate, por 2 a 2, com o lanterna Comercial. Na terceira posição, o Verdão ostenta média de 11.071 pagantes, contra 12.419 do vice-líder São Paulo e 16.499 do primeiro colocado Corinthians.

Entre os oito classificados, o Guarani é o clube com melhor média do interior. No sétimo lugar, atrás de Botafogo e XV de Piracicaba - a dupla lutou contra o rebaixamento -, o Bugre apresenta média de 4.915 pagantes. Aliás, o Guarani está na frente de sua rival Ponte Preta (4.545).

O Bragantino aparece na nona colocação, com média de 3.995 pagantes. Já o lanterna, entre os classificados, é o Mogi Mirim, que amarga o 16º lugar, com média de 2.801 pagantes. Em 190 jogos, o Paulistão tem média de 5.191 pagantes e total de 986.355.

Depende do olhar!
A situação da Série A2 é engraçada. Se por um lado, a Ferroviária diminuiu seu público de 7.278 para 1.947 pagantes, outros dois clubes desacostumados a lotar estádios, estão de bem com a galera. São os casos do Penapolense e, principalmente, do Red Bull.

O time de Penápolis, mesma com a boa fase vivida nas últimas temporadas, nunca teve o apoio de seu torcedor. Mas com a possibilidade de fazer história e conquistar o inédito acesso à elite do Paulistão, o público começou a aparecer. Neste final de semana, o Penapolense conseguiu um público de 1.340 pagantes - bom para a Série A2 e ainda melhor para o CAP. O Penapolense ostenta média de 76.0 pagantes.

O feito do Red Bull é de deixar todos de boca aberta. Clube da cidade de Campinas, mas sem o apelo de Guarani e Ponte Preta, o Red Bull sempre foi esquecido pelos campineiros. Tanto é verdade que a média do Tourão é de apenas 354 pagantes. Mas na rodada passada, o Red Bull "lotou" o estádio com 1.271.

O Audax, outro sem qualquer tipo de apelo, ainda não chegou ao patamar dos mil pagantes, mas também fez bonito com seus 945 torcedores. A média geral da Série A2 é de 983 pagantes. Em 198 jogos, a competição tem total de 194.639.

Caminho certo!
A Série A3 tem aproveitado o fato de muitos clubes tradicionais estarem na fase final, para lotar os estádios. O Juventus, por exemplo, conseguiu público de 2.200 pagantes neste final de semana - o maior da rodada. O Juventus tem a quinta melhor média de público da Série A3 - 867 pagantes.

O líder é o Marília - responsável pelo segundo maior público da rodada (1.808). O MAC ostenta média de 1.568. Enquanto isso, a Inter de Limeira, com média de 886 pagantes, levou 1.414 torcedores ao estádio. Já o Batatais ainda precisa melhorar. Com público de 648 pagantes, o Fantasma da Mogiana tem média de 440. Em 190 jogos, a Série A3 apresenta média de 589 pagantes e total de 111.940.

Explicações!
Os clubes da Série A1 são representados pela cor azul. Enquanto isso, o verde traz os clubes da Série A2 e a Série A3 está em amarelo. Os números em vermelho ainda não foram confirmados pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

Na Série A2, o Santo André atuou três partidas com os portões fechados, duas a mais que o Atlético Sorocaba. Já o Taboão da Serra, na Série A3, perdeu um jogo por W.O. e atuou outra partida com portões fechados. Guaçuano e Osvaldo Cruz acumulam um duelo cada sem a presença de torcida.

O blog rbrito acompanhará os públicos de TODOS os Estaduais. Fique sabendo da evolução das médias de público. E você, jornalista, lembre de dar crédito, caso utilize qualquer dado dos levantamentos de público do blog rbrito.

Só o blog rbrito acompanha as médias de público do Brasil. Ajude a divulgar o blog rbrito! Opine! Participe aqui ou através do www.twitter.com/rbrito1984

2 comentários:

  1. Ah, na primeira divisão os estádios estão vazios porque os ingressos são caríssimos. Imagine só Ponte x Corinthians por 60 reais. SESSENTA REAIS pra sentar no cimento quente e ver dois times desfalcados cumprindo tabela? Em algumas divisões inferiores, temos também um distanciamento do público do interior dos estádios, porque não estão mais se interessando por isso.

    Mudando de assunto, sábado estive no Majestoso pra ver o Red Bull. Gostei do que vi ali. Uma quantidade imensa de famílias, com suas crianças. Um tratamento de respeito ao consumidor. Tinha até um entretenimento no intervalo pra distrair. Pena que em campo o time da casa foi covarde e entregou os pontos para o adversário no final da partida. Enfim, para terminar, acho que se continuarem assim, com esse respeito ao torcedor, vão se popularizar por aqui (a curto ou longo prazo, não sei, mas é algo inevitável).

    Abraço!

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  2. É legal saber disso, Ricardo. A única visão que tinha da torcida do Red Bull era de pessoas contratadas e com camisas do clube. O que acabei de relatar, presenciei em algumas oportunidades.

    Mas é sempre bom saber que famílias estão nos estádios. Que isso possa ser visto mais vezes. E sobre os ingressos, você está coberto de razão. É um absurdo mesmo.

    O Lance tem feito algumas matérias a respeito do baixo público nos Estaduais e suas causas. Uma delas, lógico, é o alto preço de ingressos. Os dirigentes nunca vão aprender.

    Abs

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